Sentada ao piano da corte
Sob teu leito o açoite
Que por hora irá me fustigar...
Se embriagou de surdez e poesia
Fantasmas e alegorias
Que jamais pudesses causar...
Sentada ao piano de calda
Fez do "bobo" a espada
Para uma nova lei derrogar...
Sonhando em se perder na folia
Amar da noite pro dia
E ser vela em meu castiçal...
Transando as cores de um sonho bom
Ao som da sua voz
Não sou parceiro do futuro
Enquanto posso ser o algoz...
(Eco do Trovador)
"Estrela da manhã
Vem anunciar o meu amar
Eis que ontem não chovia
Para afugentar o meu sonhar"...
(Scene I)
Ofertei-te um véu de rosas
Guardei teu sono respirei teu ar
Regamos flores ao luar
Minha canoa de encontro ao mar...
Agora eu sou mais eu
Buscando um novo seu
Sem vulgas palavras, “São turvas tuas águas”.
(Scene II)
A vida inteira aos teus pés
Alimentando um amor sem fim
Não temo ao que há de ser
E você não deve temer a mim...
Eis que agora você cantou
um tal desse blues and roll
São vidas e idas
em curvas aladas...